sábado, 21 de abril de 2012

Para esse 21 de Abril.



Busto de Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) no bairro de Cidade Tiradentes: 
"É pena! Porque se todos quisessem, poderíamos fazer do Brasil uma grande nação"
TIRADENTES
O povo de Cidade Tiradentes homenageia
o nosso herói nacional.

por Peterson Oliveira

            Os feriados nacionais já não importam mais, vem em grande quantidade e passam por nós como simples dias de descanso. Não propõem mais qualquer tipo de reflexão ou sentimento pelos que firmaram essas grandes datas. Transferem fatos históricos para o esquecimento.
            Tenho certeza plena de que muitos dos alunos da nossa ETEC não sabem que o bairro em que ela está carrega o nome ‘Cidade Tiradentes’ em função da homenagem ao inconfidente Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) que viveu seus dias nas pacatas terras de Minas Gerais. Era dentista, simples, conhecido com ‘o tira dentes’, não pertencia à elite colonial. Mas envolveu-se com intelectuais, banhados pelos acontecimentos que fervilhavam na Europa iluminista, adquiriu ideais revolucionários e encabeçou um dos primeiros movimentos brasileiros que lutavam pela independência do Brasil em relação à Portugal. Movimentos literários, como o Arcadismo, retratavam a realidade do Brasil, ajudando a criar um clima de contestação, que culminaria com a Conjuração, e um sentimento nacionalista que exaltava a cultura e afirmava as características nacionais. No entanto, Tiradentes e seus companheiros foram pegos pelas forças reais portuguesas que inibiam todo tipo de contradição à coroa. Pobre Tiradentes! A punição foi dada e a pena de morte aplicada ao mais simples dos inconfidentes, o Tiradentes. Foi enforcado e esquartejado no dia 21 de abril de 1792. O pobrezinho foi marginalizado por muito tempo após a morte. Só quando a proclamação da república foi consolidada é que sua história foi resgatada e exaltada.
            Muito ao contrário do que se pensa, Tiradentes morreu careca e sem barba alguma. Os paradoxos da história é que o tornaram assim, cabeludo, barbudo, em analogia ao Jesus católico.

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