Busto de Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) no
bairro de Cidade Tiradentes:
"É
pena! Porque se todos quisessem, poderíamos fazer do Brasil uma grande
nação"
TIRADENTES
O povo de
Cidade Tiradentes homenageia
o nosso
herói nacional.
por Peterson Oliveira
Os
feriados nacionais já não importam mais, vem em grande quantidade e passam por
nós como simples dias de descanso. Não propõem mais qualquer tipo de reflexão
ou sentimento pelos que firmaram essas grandes datas. Transferem fatos históricos
para o esquecimento.
Tenho
certeza plena de que muitos dos alunos da nossa ETEC não sabem que o bairro em
que ela está carrega o nome ‘Cidade Tiradentes’ em função da homenagem ao
inconfidente Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) que viveu seus
dias nas pacatas terras de Minas Gerais. Era dentista, simples, conhecido com ‘o
tira dentes’, não pertencia à elite colonial. Mas envolveu-se com
intelectuais, banhados pelos acontecimentos que fervilhavam na Europa iluminista, adquiriu ideais
revolucionários e encabeçou um dos primeiros movimentos brasileiros que lutavam
pela independência do Brasil em relação à Portugal. Movimentos literários, como
o Arcadismo, retratavam a realidade do Brasil, ajudando a criar um clima de
contestação, que culminaria com a Conjuração, e um sentimento nacionalista que
exaltava a cultura e afirmava as características nacionais. No entanto, Tiradentes
e seus companheiros foram pegos pelas forças reais portuguesas que inibiam todo
tipo de contradição à coroa. Pobre Tiradentes! A punição foi dada e a pena de
morte aplicada ao mais simples dos inconfidentes, o Tiradentes. Foi enforcado e
esquartejado no dia 21 de abril de 1792. O pobrezinho foi marginalizado por
muito tempo após a morte. Só quando a proclamação da república foi consolidada é
que sua história foi resgatada e exaltada.
Muito
ao contrário do que se pensa, Tiradentes morreu careca e sem barba alguma. Os
paradoxos da história é que o tornaram assim, cabeludo, barbudo, em analogia ao
Jesus católico.
0 comentários:
Postar um comentário