quinta-feira, 19 de julho de 2012

A essência da amizade

por Aryana Frances

Era uma jovem, um tanto que alta e sempre alegre. Andava tranquila e tocava as coisas com delicadeza, tinha um encanto no olhar, era algo sereno que a marcava e a distinguia de qualquer outra.
Esse olhar tão marcante, que me chamou a atenção, pois certo dia ele estava perdido, procurando respostas e parecia distraído, impaciente, inquieto e retraído com medo.
A princípio, só observei, mas não me contive, precisava ajudar aquele olhar confuso com seus próprios pensamentos, tomei coragem e fui ao encontro daquele emaranhado de ideias.
Cheguei com certo receio, não queria atrapalhar um longo devaneio, e me aproximei, fui chegando mais perto, e só fitei, com certo cuidado e tentei imaginar o que se passava, até que minha presença foi percebida.
Aquele olhar me fitou assustado, então meio sem graça, puxei assunto, cumprimentei-a, iniciando um diálogo. Depois não sabia como prosseguir, e fui falando tudo o que observava, depois da descrição do ambiente, notei que não estava sendo escutada. Então fui direto ao ponto e com tranquilidade perguntei o que se passava.
Depois de horas de conversa, a resposta foi surpreendente, mas gratificante, descobri que não era a jovem que tinha problemas, e sim o jeito em que eu observava o mundo. Então, percebi que era eu quem precisava de respostas, depois dessa conversa, eu não seria a mesma, mas o importante, é que eu passei a ter com quem contar.


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