Era
uma jovem, um tanto que alta e sempre alegre. Andava tranquila e tocava as
coisas com delicadeza, tinha um encanto no olhar, era algo sereno que a marcava
e a distinguia de qualquer outra.
Esse
olhar tão marcante, que me chamou a atenção, pois certo dia ele estava perdido,
procurando respostas e parecia distraído, impaciente, inquieto e retraído com
medo.
A
princípio, só observei, mas não me contive, precisava ajudar aquele olhar
confuso com seus próprios pensamentos, tomei coragem e fui ao encontro daquele
emaranhado de ideias.
Cheguei
com certo receio, não queria atrapalhar um longo devaneio, e me aproximei, fui
chegando mais perto, e só fitei, com certo cuidado e tentei imaginar o que se
passava, até que minha presença foi percebida.
Aquele
olhar me fitou assustado, então meio sem graça, puxei assunto, cumprimentei-a,
iniciando um diálogo. Depois não sabia como prosseguir, e fui falando tudo o
que observava, depois da descrição do ambiente, notei que não estava sendo
escutada. Então fui direto ao ponto e com tranquilidade perguntei o que se
passava.
Depois
de horas de conversa, a resposta foi surpreendente, mas gratificante, descobri
que não era a jovem que tinha problemas, e sim o jeito em que eu observava o
mundo. Então, percebi que era eu quem precisava de respostas, depois dessa
conversa, eu não seria a mesma, mas o importante, é que eu passei a ter com quem
contar.
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