segunda-feira, 23 de julho de 2012

Ideal da amizade

por Aryana Frances

Triste não é estar só em uma sala de estar, mesmo sendo, um domingo, uma manhã ensolarada, que tinha tudo para ser maravilhosa, já que o Sol, a brisa, o tempo, a serenidade favorecia o momento. Triste mesmo é estar só o tempo todo, tentando buscar na memória, quando fora a última vez que sai para me divertir, com boas companhias, com pessoas que realmente gostam de mim, minha manhã foi marcada com esse pensamento.
Eu, apenas, lembrei-me de saídas e passeios com amigos em manhãs como essa, em minha adolescência, a última lembrança juntos que tinha em minhas memórias, fazia um ano, já que agora estava em uma nova fase, havia decidido caminhar só, o problema foi que levei a sério, estava só em tudo o que decidira fazer, esquecendo-me completamente das pessoas que me estimam.
Fiquei sob um leve desespero, será que havia magoado meus amigos, já que fazia um ano que nos encontrara e eu estava completamente diferente, tinha a ideia que havia amadurecido, mas se amadurecer é viver só, jamais desejei amadurecer, realmente. Fitei a sala vazia, então notei um quadro de autoria nossa, que eu havia colocado na sala no primeiro dia que passei a morar só, automaticamente me recordei, estava com eles nesse momento e fizemos um brinde e uma promessa para não deixar que a correria da vida adulta nos separasse, eu já tinha me esquecido do que havia prometido, pois eu mudara.
Então, sentei no sofá e tentei pensar em alguma forma para me desculpar, e me redimir com todos pela minha mancada. Fiquei com duas incertezas, a primeira não sabia se meus amigos me escutariam, a segunda não sabia como fazer, se mandaria um e-mail, se eu ligaria. Continuei pensando, e de repente um barulho em minha porta impediu que eu continuasse a reflexão.
Fui até a porta, e quando a abri, tive a melhor surpresa de todas, eram meus amigos, como eu disse, passara um ano que nós tínhamos nos encontrado, só que me esqueci de algo maior, era meu aniversário. Eles estavam com um bolo e presentes, entraram, então comemoramos. Percebi, que não tinha amadurecido, dessa vez foi sem brindes, já que, todos sabiam que não amadureceriam, mas o essencial era eu que tinha pessoas para apreciar, e que sempre estariam do meu lado, transformando as manhãs ensolaradas de domingo em manhãs fabulosas inesquecíveis.

0 comentários:

Postar um comentário