É característica de uma
sociedade capitalista, a desigualdade social e a disparidade nos padrões de
vida das pessoas que detêm o poderio econômico e das que vendem sua força de
trabalho em troca de um salário. Essas condições, predeterminadas por fatores
históricos do exercício da força econômica sobre países e povos subjugados,
fazem com que as pessoas se prendam a um pequeno mundo onde passam a realizar
atividades que as satisfazem, dentro, é claro, das possibilidades
proporcionadas por essa limitação. Analisando em primeiro ponto o “pequeno
mundo” das classes dominantes, podemos perceber um sério preconceito, causado
pela ignorância e pelo desinteresse que se tem, com o mundo que está além de
suas bolhas. Principalmente nos jovens, há uma grave futilidade incutida em
suas ações, pensamentos e visão de mundo, que se agrava ainda mais com as
fortes influências dos aparelhos de Estado exercitores de influência e dominação
sobre essas mentes ainda em formação. O egoísmo presente nesses jovens, filhos
da elite, que gozam os benefícios do capitalismo, é revoltante aos olhos da
igualdade, pois deixam em primeiro plano preocupações superficiais, fúteis e
sem qualquer responsabilidade com o bem estar coletivo. Tornam-se tendenciosos
ao desprezo pelo indivíduo que não está em seu patamar e formam um conceito de
superioridade, quando na verdade são eles próprios que têm poder e influência
para modificar a realidade social que muitas vezes presenciam no caminho de
casa para a escola, e tornar visível conceitos éticos e morais de valorização e
respeito ao próximo, tendo-o como um igual, idependente de sua condição
financeira ou intelectual. É dessa forma, primeiro modificando e igualando as
relações sociais e humanas, que poderemos alcançar uma igualdade também econômica.
terça-feira, 31 de julho de 2012
A superficialidade das relações entre os jovens pelo contexto social
Por Peterson Oliveira
Assinar:
Postar comentários (Atom)
1 comentários:
Obrigado pelo comentário, fico feliz por ter lido e interagido.
O objeto central para a construção desse texto foi o isolamento que observamos por certos grupos (em especial jovens) na sociedade e que impede o relacionamento com aqueles que não estão vinculados ao mesmo patamar social, foi o que chamamos de Bolha Social. Escolhi abordar o grupo restrito da juventude beneficiada financeiramente e a partir daí construí a relação que essa juventude tem com seu meio e o que a leva a se prender nessa bolha.
Quando digo que os aparelhos de Estado exercem influência sobre essas mentes ainda em formação, me refiro aos diversos meios utilizados não só pelo Estado, mas também pelas elites, para influenciar e proliferar suas ideias, de forma a ditar o que devem fazer, o que devem comprar e que sempre devem comprar para assim serem mais felizes, aceitas ou até superiores. Não havia pensado na escola dessa forma como você colocou, mas agora passei a ver que realmente há algo diferente aí, afinal em um colégio particular com dito "alto padrão" os alunos são tratados de maneira muito diferente, são na verdade clientes e objetos de propaganda, são eles que irão empurrar a fama do colégio e trazer novos clientes. Isso faz parte do processo do modo pelo qual um adolescente passará a se ver e como passará a ver o mundo em que está inserido.
Talvez seja inocente de minha parte acreditar que uma mudança viria a partir dos detentores do poder, mas nesse curto tempo de vida que tenho tive meios pelos quais agreguei ótimos valores e visão de mundo. Minha escola (ETEC Cidade Tiradentes pela qual tenho a oportunidade de expor meus textos através desse blog), por exemplo, está preocupada em formar cidadãos que tenham um papel benéfico à sociedade, assim acredito que, pela educação que recebi também em casa, se eu estivesse no poder, faria diferente e com certeza a mudança partiria de mim (Não que isso impeça de alguma forma quem não está no poder tomar a iniciativa). No texto eu descrevi que as elites têm meios para promover a transformação, não que o fará, afinal não o fazem unicamente porque não favorecem seus interesses econômicos e aparentemente jamais iriam a favor das causas coletivas em detrimento das individuais. E é aí que concordamos, pois a mudança realmente não partirá de cima, mas sim daqueles que estão descontentes com o cenário atual. A mudança deve partir de nós mesmos, a massa oprimida.
Talvez eu não tenha exposto da maneira inteligível meus pensamentos no texto, deixando margem para a ambiguidade em sua compreensão.
De qualquer forma, agradeço por expor sua opinião. Continue acompanhando nosso blog. Agradecemos muito.
Postar um comentário