por Luciano Nunes
Era um jovem. Um
jovem preocupado com suas atividades, procurando dar o melhor de si nas mesmas
que realizava, pois priorizava um trabalho bem feito, para evitar possíveis
reclamações, críticas e possíveis trollagens em função de seu
trabalho.
E assim seguia.
Chegando ao primeiro ano, muitas descobertas. Escola nova, pessoas novas. Agora
era Ensino Médio. Agora, a responsabilidade aumentara. Nunca fora habilidoso
com os exercícios e os trabalhos manuais. Fazia o possível para fazê-los com
excelência, mas nem sempre dava certo. Tinha mais habilidade às letras, às
ciências e à matemática. Mas enfrentava os caminhos que por ventura viesse a chegar.
Começam os
conteúdos de Artes. Primeiro, foi teatro. Era inibido, mas foi bem. Não era
necessário trabalho manual. Porém, temia: não duraria para sempre e logo
dever-se-ia aos trabalhos manuais.
Seu medo
concretizara. Começaram os exercícios realmente aplicados à Arte. Cortar,
colar, pintar, desenhar etc. Nunca fora habilidoso. Dizia-se um desastre.
Realizara um
primeiro trabalho. Aos seus olhos ficou bom, porém necessitava da aprovação da
professora. Esta última, olhou, olhou e disse: "Refaça." Saíra
desatordoado. Já não era bom, e isso o murchou. Mas acreditou na professora.
Refez
Isso
se repetira em seus próximos trabalhos de artes. Refizera uma, refizera duas,
três, refizera até quatro vezes. Todos os trabalhos. Ria de si mesmo, por
necessitar de refazer tantas vezes as atividades.
O
mais impressionante foi quando precisou refazer seu trabalho ABSTRATO.
Exatamente. Se não refizesse, ficaria sem nota.
Apenas
não refizera uma atividade: um poema de tema livre. Foi bem nessa.
Devido
a isso, traumatizara as artes. Isso foi só em seu primeiro ano do ensino
médio. Guardara apenas a atividade (que refizera, por sinal), sobre Romero
Brito, porque realmente gostou. Depois disso, nunca mais queria saber de artes
manuais em sua vida.
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