segunda-feira, 8 de agosto de 2011

“Um breve conto de bruxas generalizado”

por Nathaly Guatura.

Era uma vez, no hodierno de nossa sociedade, uma químera chamada Educação.
Outrora, em longínquos tempos, essa fantasia fora realidade. E com essa realidade reinava uma harmonia e uma quase paz semi absolutas. Obviamente o infeliz “quase” e o consterno “semi” em nossa emergente narrativa se devem ao fato de que para existir a história e a humanidade precisa-se, indispensavelmente, de seres humanos. E com a mais intensa diversidade desses homo sapiens sapiens (antes apenas com um único sapiens) existe a mais sortida parafernália de pequeninos grupos desses animaizinhos sórdidos, onde cada uma dessas famílias possuem determinados tipos de modos, valores e costumes.*
A educação que procuro aqui ressaltar não é aquela oferecida em instituições de ensino, nas quais encontramos um meio (um tanto quanto incerto) de fazer com que nossas crianças sejam bem instruídas para posteriores situações na soturna vida, e sim a educação de berço que as gerações anteriores foram aos poucos se esquecendo de passar adiante. A educação que nasce e morre com a carne. É dessa escassa ou até extinta educação de que falo.
A Sra. Educação que retirou-se da sala para dar mais espaço para uma outra Sra.obesa chamada Acomodação.
Os habitantes desse mundo de muito atrás se tratavam mutuamente com outro sentimento - o qual admiro imensamente - que integra sutil e valorosamente nosso atual sonho; o respeito.
Olhávamos-nos a todos nós respeitavelmente. Colocava-se tudo o que pedia-se e tirava-se tudo o que punha-se. E tudo era uma alegria.
Mas, como nem tudo na vida é festa... Mas, como nem tudo na vida são flores... Mas, como na vida o mal se faz sempre o mais plausível...
O mal. O mal profundo que sempre tentara se instalar... Acabara conseguindo de vez, quando um monstro (um monstro horrendo!) se fez hóspede em nossa terra.
O Monstro da pseudo-evolução intelectual havia devorado nossos preceitos e nossa boa convivência. E a partir daí fomos obrigados a engolir as falcatruas de seus capangas comodistas e toda a ignorância de uma geração que escarra nos cumprimentos e se intitula evoluída.
Desde então, os lacaios deste falso desenvolvimento nos impõem a vivência em um mundo onde recebem ordens aqueles que não sabem e apenas são obedecidos os que têm. Onde boa educação é igual ao extenso capital financeiro e a falta dela é andar com um saco nas costas e um chinelo nos pés.

*Acredito, querido leitor, que já tenha ciência absoluta acerca de tal afirmação, entretanto, para que tudo o que digo fique bem claro, preciso partir dos princípios de minhas idéias.

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