domingo, 10 de junho de 2012

A Arte da Guerra


Escultura de Sun Tzu
por Willian Fonseca

    Trago a você, leitor, um livro escrito por volta de 500 a.C. , pelo filósofo, general e estrategista Sun Tzu, A Arte da Guerra. Provavelmente, o maior tratado bélico da história.

    Guerras mal travadas, muitas vezes podem nos levar a vitórias amargas, pois devemos sempre manter a integridade física e moral do próximo, algo que, numa guerra fútil e desajeitada, pode ser arruinado. Segundo Tzu, “Excelência mais alta está em obter-se uma vitória e subjugar o inimigo sem, no entanto, lutar”. (Capitulo III)

    Portanto, deve-se combater de forma inteligente, forçando o inimigo a se movimentar, analisando assim, seus pontos fortes e fracos, e por consequência, escolhendo seus alvos de ataque. Um bom exército não ataca o inimigo de forma concentrada e brutal, mas de forma imprevisível e evitando a força, minando os pontos fracos e desestruturando o inimigo enquanto desvia a sua atenção, pois assim, baixas serão evitadas de ambos os lados e a guerra é vencida sem o combate direto. “Conseguir vitórias por meio de combates foi considerado em todos os tempos, pelo universo inteiro, como algo bom. Ouso dizer-te, todavia, que esse é mais um caso em que o “excelente” geralmente é pior que o “ruim”.” (Capitulo II)

    Um grande exemplo da aplicação dos ensinamentos de Sun Tzu foi a Guerra do Vietnã, onde, mesmo em quantidade e poder muito maiores do que os vietnamitas, os Estados Unidos perderam, graças a um fator muito citado por Tzu: a moral.

    Provavelmente, este é o momento em que você, caro leitor, está se questionando: “Que legal, mas por que eu preciso saber tais coisas?”, e a resposta é mais simples do que a pergunta, pois, a nossa vida é uma constante guerra, não uma guerra com o objetivo de esmagar o inimigo e obter poder, mas um conflito para se alcançar metas, sobrevivência e a paz, e é isso que este livro aborda: táticas e estratégias de guerra, o último recurso para restaurar o equilíbrio. Analisando a obra, nota-se que não se trata de uma obra voltada exclusivamente para a guerra, mas sim, na nossa formação como cidadãos, nos ensinando a combater as “guerras” que enfrentamos na nossa vida, em que, mesmo quando o nosso fim parece ser certo, existe uma saída, basta agirmos de forma inteligente e simples, ou seja, “vencer sem desembainhar a espada”.

    É um livro que é extremamente atual, apesar de mais de dois mil anos, se mostrando essencial para não só administradores (afinal, as táticas do mercado se baseiam em tempo, espionagem, eficiência e conhecimento), mas também para formar bons cidadãos, pois todos tem o direito de se ascender socialmente e economicamente, resta apenas saber fazer isso sem prejudicarmos uns aos outros.

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