por Luciana Basílio
Gosto muito de ler biografias, com elas aprendo o que não estão em outros formatos de livros e de tempos em tempos é bom viajar pela vida, pela história de vida, pelos contornos que se delineiam no espaço onde se encaixam essas personagens que tem histórias, são históricas, inserem-se em lutas diversas e traçam perspectivas que me levam a refletir sobre tudo e sobre todos os momentos de nossa história. No início do ano de 2012, comecei a ler a biografia de José do Patrocínio, conhecido como “Tigre da Abolição”. Além de ser abolicionista, um militante encorajado, na época de muitos homens avessos a liberdade daqueles que com sua força ininterrupta ergueram grande parte da nação, no que diz respeito aos aspectos econômicos, culturais, sociais e políticos.
Gosto muito de ler biografias, com elas aprendo o que não estão em outros formatos de livros e de tempos em tempos é bom viajar pela vida, pela história de vida, pelos contornos que se delineiam no espaço onde se encaixam essas personagens que tem histórias, são históricas, inserem-se em lutas diversas e traçam perspectivas que me levam a refletir sobre tudo e sobre todos os momentos de nossa história. No início do ano de 2012, comecei a ler a biografia de José do Patrocínio, conhecido como “Tigre da Abolição”. Além de ser abolicionista, um militante encorajado, na época de muitos homens avessos a liberdade daqueles que com sua força ininterrupta ergueram grande parte da nação, no que diz respeito aos aspectos econômicos, culturais, sociais e políticos.
Patrocínio rebento do ventre de uma escrava de 14 anos, Justina Maria do
Espírito Santo e um vigário, José Carlos Monteiro, cheio de posses e de poder,
pai que nunca o reconhecera. Após o seu nascimento, vivendo no amplo e
confortável sobrado do Largo da Matriz, onde a mãe vivia presa aos afazeres
domésticos, o menino José Carlos do Patrocínio aproveitou como pôde essa vida
de regalos, dividida entre suas estripulias na vastidão do terreno da praça em
frente, que era uma extensão da própria Igreja Matriz, e as incumbências de
moleque de recados, sujeito à vontade do seu dono, senhor ou pai, o poderoso
vigário.
Admirei sua biografia, seu
encorajamento, sua luta pessoal, suas ideias, seus escritos, seu ideal
abolicionista e acima de tudo admirei sua crença no nosso país. Fica a
recomendação para que todos leiam os escritos de José do Patrocínio e uma
homenagem de uma leitora fã.
Seriam as primeiras
palavras, mórbidas e talvez insensatas para época
Seguira uma doutrina
infinita de inquietações e questionamentos
Pudera, era um homem
incomum, fora do comum
Expulsava de si todos
os pensamentos
Ao mesmo tempo que os
armazenava numa memória fustigada
Tinha o tom das
coisas, coisas todas de todos os dias, de toda história
Coisas políticas,
ideias incorruptíveis, coisas sociais, alienadas, coisas sociais,
diversificadas
Antes de proferir,
escrever, defender teses, argumentações, debates, palestras, textos, artigos
Antítese, síntese,
analogias de si de sua tão intrigante luta
Arquitetara em sua
inquietude uma sociedade que de sonhos a longo prazo aboliram cativos
1888 sonhos sonhados
para liberdade
É a coisa que nos
move, qual delas prefiro não proferir-lhes
Eis porque esse verbo
é altamente rebuscado para circunstâncias presentes.
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