Por Érika Melo
‘Um Homem Só’ não é um livro muito conhecido.
Nem com sua premiadíssima adaptação cinematográfica (Direto de Amar, 2009)
alcançou sucesso. A história do livro se passa na década de 60 e narra a vida
de um professor universitário após perder seu companheiro. O livro trata de amor e de perda, mas
essencialmente trata da natureza do ser humano.
O livro consegue ser cheio
de passagens reflexivas e filosóficas sem cansar o leitor. Define as ações dos
homens em frases simples, aonde é impossível não se identificar. E vai te
levando por um dia na vida de um homem que acabou de perder o que mais amava.
Recomendo não tão somente
para fãs de romances, de dramas ou de livros com certos conteúdos filosóficos. O livro é recomendado para todos como uma reflexão do comportamento que muitas vezes temos,
e não percebemos, e quando colocados tão friamente na nossa frente acabam por
nos fazer pensar.
(Poster da adaptação cinematográfica)
Algumas passagens do livro:
“Mas é tão raro a gente
encontrar alguém que faça as perguntas certas. A Maioria das pessoas não é
assim tão interessada".
"A tolice
universalmente aceita que é pensar que os nossos melhores amigos tem a
obrigação de nos entender melhor".
"Ouça, as
coisas já andam de mal a pior hoje em dia. Estamos vivendo uma terrível
confusão, semanticamente e em todas as outras formas, sem nos emaranharmos
nessas rotulações idiotas. Quer dizer, para que se supõe que sirva esta nossa
vida? E vamos gastá-la nos identificando uns aos outros por catálogos, como
turistas num museu de arte? Ou vamos tentar trocar algum tipo de sinal, embora
truncado, antes que seja tarde de mais?"
"Um livro não
lê a si próprio para você. Nem mesmo sabe qual é o seu próprio conteúdo"
(sobre a necessidade que as pessoas tem de se auto definir. Não cabe a gente
dizer o que é, mas os outros descobrirem por eles mesmos).
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