sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Uma goiabeira

por Aryana Frances

Era tarde na floresta, um grupo de amigos decidira passar um fim de semana longe do barulho da capital, mas não tinham experiências com a mata, já que não eram nativos, sentiam-se estrangeiros, estavam totalmente perdidos e sem mapas ou nomes de ruas e avenidas para guiá-los.
O jovem, Perseu se perdera de seu grupo e não sabia como encontrá-los estava desesperado e tentando buscar ajuda, não desanimou, continuou sua busca, porém nada encontrara.
Foi passando o tempo e Perseu estava com fome, e não tinha nenhum restaurante ou fast food, não sabia como iria suportá-la, na caminhada para encontrar seus amigos, viu uma goiabeira, admirou-se, pois sempre comprara as goiabas colhidas; pegou algumas goiabas e as consumiu como se fossem as melhores goiabas do mundo. 
Estava na terceira goiaba, quando viu um algo se mexendo no mato, saiu correndo alucinadamente tropeçando em um galho e bateu a cabeça ficando inconsciente.
Quando acordou estava embaixo da goiabeira e tinha uma companhia era um ser que nunca vira em vida, era um anão de cabelos compridos. Perseu agradeceu-lhe, perguntou:
- O senhor viu algum grupo de rapazes?
O anão respondeu:
- Não, mas sei que eles irão encontrar-te, fique calmo, e não coma mais as minhas goiabas, essa é a minha goiabeira favorita, certo?
Perseu tentou desculpar-se:
- Certo, desculpe-me não foi minha intenção, estava faminto e perdido, senhor.
O anão não estava mais irritado, mas foi duro com as palavras:
- Tudo bem, está desculpado, espero que tenha escutado meu conselho, agora eu irei partir, tenho uma missão, estão queimando minha mata novamente, precisam de uma lição, tenho que partir e lembre-se de não comer minhas goiabas, forasteiro.
Perseu nem teve tempo para responder porque o anão desaparecera e uma onça estava vindo em sua direção quando acordou assustado.
Seus amigos lhe acordaram, estavam preocupados com seu sumiço, e Perseu não sabia se tudo fora um sonho ou se ele havia conversado com aquele anão.
Estava na companhia de seus amigos, mas voltou à goiabeira para pegar a bússola que tinha caído, viu um balançar no matagal e notou que o anão tinha os pés virados para trás, quando pensou em falar ou apontar, o anão piscara e fizera um gesto para ele nada dizer, então, Perseu concluíra que tivera um contato com o Curupira.












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