segunda-feira, 8 de agosto de 2011

"Replay Político"


por Catarina dos Santos Dutra.

Andando nas ruas dessa cidade, vejo a impotência de cada ser escravo, seus olhos não mentem. Vejo o fim da igualdade. Vejo a força da rivalidade, sem idéias e nem conclusão.
Os dias se tornam cegos, uma vida neblinada, onde não se enxerga, não se escuta, não se sente.
Somos roubados por salafrários, usados para o bem pessoal.
Democracia? Não sei o que é.
Será que realmente eu sei o que é meu? O que eu mereço? Tudo o que preciso não está comigo.
Público? Direito? Tenho apenas deveres, e sempre o que fizer se tornará inútil. Pois pago mais que recebo.
Quando estou doente, penso em uma salvação, mas sempre vou ser deixado de lado, estou engada, não sou emergência, me fingir de morto não adiantaria, terminariam de me matar cortando os pedaços para não gastar dinheiro em um caixão maior.
Procuro entender o porquê das coisas, me deixam mais de cinco horas sentada escrevendo, escrevendo, e ganhando nota de caderno.
Preciso de segurança, me encaixo em um mundo cruel, mas tenho que escolher entre ladrão e incompetente. Apanho para os dois. Para que ter essa dúvida?
Então procuro me centralizar em um mundo perfeito e sou cobrada pela entrada nele.
Tudo se forma pensando em vantagens pessoais, hoje poucos tentam mover os blocos para se formar uma coisa só. Mas ainda sim, sei que tudo pode mudar, não o começo, mas sim o final.

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