quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Visita da Etec da Cidade Tiradentes no CTA da Cidade Tiradentes

Nesta quarta-feira, tivemos o prazer de conhecer o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) da Cidade Tiradentes, nosso parceiro na oficina de DST's para a Ação Social da ETEC de Cidade Tiradentes. Numa agradabilíssima tarde, conhecemos o local, de suma importância para o bairro, já que lá ocorrem orientações com grupos específicos (jovens, mulheres e homossexuais), bem como testes para HIV, hepatites B e C e orientações para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. As alunas tiveram a oportunidade de esclarecer vários assuntos, como a abordagem ao público, o dia a dia no CTA e algumas experiências relatadas pelas próprias funcionárias do local. Agora, representando o Ensino Médio de nossa escola, nossas meninas podem compartilhar conosco o contato tão enriquecedor com o CTA, um órgão público destinado à prevenção e à valorização da vida.
Divulguem este espaço!
O endereço do Centro de Testagem e Aconselhamento da Cidade Tiradentes é:
Rua Luis Bordose, 96. Cohab Cidade Tiradentes. Tel.: 2282-7055.

As alunas com a profª Luciana Basílio, as enfermeiras Ceci (esq.), Vera (dir.) e a diretora Maria (ao lado da Vera)

Em frente ao CTA

A recepção do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA)

O bate-papo com a enfermeira Ceci

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

la vida en tres partes

por: Gardênia Rosendo 


ver deseando
No digas que no
siga su curso
pero no se olvide
de su pasado

que pueden dar testimonio
en su contra
porque el pasado
influir en el futuro
e influye en su presente

sigue mi consejo
rastro su camino
sabiendo las consecuencias
Todo está conectado
su inicio medio y al final

domingo, 16 de outubro de 2011

As manhãs de T. Schielfer na abadia

Os pedregulhos saltam no riacho cristalizado
trincando a água
como caquinhos azarados de um espelho qualquer.
O latejo na gélida pista
um zunido cortante
galhos ensaboados de neve
as aves batendo asas em frenesi.

T. Schiefer ria: 
Minha árvore de açúcar

Folhas quebradas da macieira de gelo.
Faíscas das pedras talhando a solidez do córrego.
Asas.
Frenesi nos olhos.
A paisagem açucarada.
As manhãs de T. Schielfer na abadia.

por Luciano Melo

sábado, 8 de outubro de 2011

A maçã envenenada de Steve Jobs



por Luciano Melo


Em fevereiro de 1985, meses antes de ser demitido da empresa que criou, Steve Jobs recheou as páginas da edição americana de Playboy com uma entrevista célebre e atemporal. Com apenas 29 anos, Jobs acabara de distribuir no mercado um dos primeiros computadores pessoais – o Macintosh, sob os olhares suspeitos dos muitos que não acreditavam na utilidade de um microprocessador doméstico. É incrível como o então “senhor Apple” esclarece o intrincado sistema operacional do recém-lançado Mac por meio da funcionalidade de alguém sentado na poltrona do sofá que decide ir ao banheiro obedecendo a comandos mentais.
Esta entrevista, como tantas outras manifestações públicas de Steve Jobs desde a sociedade com Steve Wozniak e Ron Wayne e a fundação da Apple I em 1976, na garagem da própria casa, com subsídios adquiridos a partir da venda de uma antiga Kombi e de uma calculadora HP, revela uma personalidade capaz oferecer ao consumidor não um produto, talvez nem mesmo um conceito, mas uma filosofia.
Antes de tudo, Jobs difundiu um determinado modus operandi de transpor o século XX para o XXI entre as possibilidades ilimitadas da interação “homem – capital – tecnologia”. Então, somos o mesmo homem seiscentista mirando o infinito em busca de respostas. A diferença é que o ponto de partida pode não estar à beira do oceano.

Quiçá esteja tocando no bolso de sua calça.
A seguir, os preceitos do pensamento jobsiniano:



O público e o privado

Até o lançamento do processador Macintosh, a vida profissional e/ou acadêmica de um adulto, quando não desfrutando das horas íntimas de lazer, se resumia ao movimento ‘trabalho – casa – trabalho’. Estabelecia-se, portanto, uma função orgânica do sujeito diante das exigências do cotidiano: intra e extradomiciliar, já que não se tratava de assuntos “particulares” no emprego ou “profissionais” no lar. Para ilustrar tal diacronia, as agendas de papel da época vinham com marcações prévias dos horários diários que racionavam o dia entre compromissos “sociais” e “pessoais”. A partir de 1985, e a chegada do microcomputador Mac aos domicílios americanos, Jobs inaugurou uma rede interativa de afazeres educacionais e comerciais, estendendo tais diálogos ao convívio familiar. A mesma máquina que processava tarefas extrafamiliares estava disponível ao usufruto de todos os membros da casa, através de impressão de desenhos e textos ou de “games” digitais. A partir de então, rompiam-se os limites entre o público e o privado e, em consequência, ao famigerado circuito “trabalho/escola e casa.” Aliada a tal filosofia, a agilidade e a simplicidade dos comandos configurava o Macintosh num inédito executor de multitarefas, assim como seu próprio usuário.

O culto ao objeto

O consumidor de um aparelho idealizado por Steve Jobs é um consumidor “Apple”. A peça é idealizada a oferecer praticidade congregada a uma determinada experiência estética, seja ela visual ou escultural. A interface dos componentes, a disposição simétrica por vezes surpreendida por uma ranhura ou saliência dissonante e a miscelânea cores inusitadas são algumas das características que estreitam o design “Apple” a determinadas escolas e tendências artísticas, como a disseminação do Minimalismo americano nos anos 60, apreciado in loco pelo jovem Steve Jobs. Partindo do abstracionismo ianque norteado por Jackson Pollock, o movimento minimalista buscava uma determinada geometrização simplificada pós-caos abstracionista, mesmo antepondo-se à simetria do objeto. Paralelamente, ainda sem relação aparente com o Minimalismo, o jazz atonal apadrinhado por Miles Davis, buscando síncopes desarmoniosas em uma textura melodiosa primitivo, inquietou o espírito empreendedor do futuro criador da Apple, fã declarado da dissonância bebop de Davis [1]. Retomando o universo da informática, a partir de 1985, com o lançamento do Macintosh, fundem-se a estética e a funcionalidade do computador. A Apple mira aperfeiçoar a intervenção do usuário, mas oferece uma experiência singular: a aquisição de um produto (obra de arte?) idealizado por um gênio (artista?), Steve Jobs.



A interação
Utilizar qualquer processador da Apple é uma genuína percepção táctil do que a relação com a tecnologia pode oferecer. Substituir os arcaicos e tormentosos comandos do MS-DOS foi talvez a primeira grande revolução proporcionada por Jobs. Para que ordenar uma máquina a abrir ou executar determinada função por meio de infinitos códigos se poderia simplesmente apontá-la? Os progressos como a tela touchscreen do iPad  ou a gerência de voz do atual iPhone são ainda resquícios do insight gerado na idealização do mouse pela Apple, lançado no pacote Macintosh em 85. Se a experiência com a tecnologia se dá por um clique, um toque ou pela voz, pouco importa. A máquina de Steve Jobs é uma extensão do próprio corpo do usuário, como se você tocasse seu próprio rosto no espelho.

Com a Apple, a execução de um comando digital é tão barato que dá a sensação de tudo estar ao alcance de todos, sem nenhuma mediação. Saciar a fome com um apetitoso prato de macarronada não passa pela percepção da interferência do garfo: o objetivo é apenas saciar a fome com um apetitoso prato de macarronada. Da mesma forma, abrir ou fechar compartimentos no computador, sejam estes direcionados ao trabalho, à educação ou ao lazer, passa a ser tão banal como abrir ou fechar uma torneira. Neste sentido, na experiência com um microprocessador não caba mais o questionamento para a direção da experiência. O que importa os fins da interação? Você pode aglutinar diversas terminações de uso – trabalho, educação, lazer – em apenas um toque, táctil ou sonoro. Não há mais barreiras temporais, espaciais ou mesmo intelectuais. Basta estar com fome.

A trilha sonora
Em 2001, a Apple lança a primeira versão do iPod, um compartilhador de dezenas de milhares de músicas (hoje, centenas de milhares) que sumia na palma da mão. A simplicidade de selecionar as faixas ou o minimalismo das informações contidas na tela transformou o iPod num profícuo executor de trilhas sonoras para diversos momentos do cotidiano. É claro que a experiência particular de se escutar música em qualquer lugar ou momento já tinha sido oferecida pelo walkman ou (posteriormente) discman. Mas e a infindável recarga das pilhas? E o difícil manuseio e transporte? Para se ter uma ideia, você com menos de 20 anos, estes equipamentos dispunham de um gancho na traseira para prender no cinto ou na borda da calça. ( E isso um dia já foi legal, acredite.) 
Enfim, ao modus operandi de Steve Jobs, era necessária uma revolução. Não vou desperdiçar seu tempo e enumerar as melhorias infindáveis do iPod em relação a seus antecessores, mas algo precisa ficar bem claro: há uma mudança na experiência musical do cotidiano. Alex Ross, um dos principais críticos musicais da atualidade, do renomado The New Yorker, na introdução do excelente Escuta Só – do Clássico ao Pop [2] relata a experiência avassaladora com o iPod no modo shuffle.

Este texto continua...

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Alunda da Etec de Cidade Tiradentes tem divulgado seu prêmio no portal do Centro Paula Souza

A comunicação social do portal do Centro Paula Souza divulgou (via twitter) o material a as fotos da premiação da aluna Paula Heloísa da Silva Ribeiro (1º B) no concurso "3º Prêmio CET de Educação de Trânsito". Abaixo, o "fac-símile" do quadrinho produzido pela Paula Heloísa, vencedor na categoria "Ensino Médio":