domingo, 16 de outubro de 2011

As manhãs de T. Schielfer na abadia

Os pedregulhos saltam no riacho cristalizado
trincando a água
como caquinhos azarados de um espelho qualquer.
O latejo na gélida pista
um zunido cortante
galhos ensaboados de neve
as aves batendo asas em frenesi.

T. Schiefer ria: 
Minha árvore de açúcar

Folhas quebradas da macieira de gelo.
Faíscas das pedras talhando a solidez do córrego.
Asas.
Frenesi nos olhos.
A paisagem açucarada.
As manhãs de T. Schielfer na abadia.

por Luciano Melo

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